Um dos ingredientes mais perigosos para a nossa saúde é o açúcar. De acordo com o nutricionista Pablo Ojeda, ele é muitas vezes um inimigo oculto. A sua presença constante na nossa dieta cria quase uma dependência e por estarmos acostumados ao sabor, temos de aumentar a quantidade. Além disso, o açúcar ativa a serotonina, uma das hormonas da felicidade, o que também estimula o seu consumo.

Adoçante natural glicina não aumenta os níveis de insulina


Mas este problema já existe há muito tempo. O excesso de peso e a diabetes dispararam nas últimas décadas devido ao seu consumo exagerado. Também é responsável por algumas alterações de humor, enxaquecas, problemas cardiovasculares e muito mais.
Desde que o setor da saúde começou a alertar contra as bebidas açucaradas e a presença de açúcar em muitos alimentos, a indústria tem tentado mascarar os perigos e oferecer alternativas não saudáveis.

Existem mais de 50 maneiras de denominar o açúcar. Sempre que um rótulo mencione sacarose, frutose, glicose, maltose (e outras palavras terminadas em -ose), xarope de milho e outros xaropes está a ingerir açúcar. Há ainda outras denominações menos conhecidas, como agave ou melaço.
O mel é outra variante do açúcar. Se fizer parte dos ingredientes, é outro açúcar adicionado, no entanto, tem outros benefícios que o tornam mais aceitável.

Os adoçantes artificiais que foram promovidos como ótimos substitutos também não se revelaram saudáveis. Vários estudos confirmaram que a sacarina e o aspartame afetam a microbiota e podem causar problemas gástricos. Além disso, aumentam a resistência à insulina e o risco de diabetes a longo prazo.
Pelo exposto, parece não haver outra opção senão beber o café ou o chá sem açúcar.

Contudo, Pablo Ojeda afirma que existe uma opção. Trata-se da glicina – um aminoácido produzido pelo nosso corpo que também pode ser encontrado em alimentos ricos em proteínas, como ovos, peixes, carnes, legumes e laticínios.
Os suplementos de glicina são comercializados porque vários estudos mostraram que podem ajudar a melhorar a qualidade do sono. O que poucos sabem é que também pode ser usada como adoçante natural. Este adoçante, ao contrário dos artificiais, não aumenta os níveis de insulina e protege a pele.

Para o nutricionista é o adoçante ideal para adoçar as bebidas, além de ser um bom aliado para um estilo de vida saudável. A sua doçura é suave e natural, e não tem efeitos negativos no metabolismo. No entanto, como o nosso corpo já produz este aminoácido, não é necessária a sua ingestão. Aliás, foram relatados efeitos colaterais com a toma de suplementos em doses elevadas.

As doses comuns de glicina são de 1 a 3 gramas por dia, no máximo. Se se utilizar em tudo, pode causar sonolência. Foram ainda relatados casos de dor de estômago ou tonturas em indivíduos sensíveis. Estes problemas foram detetados em pessoas que a tomaram como um suplemento alimentar e não como adoçante, mas como não adoça tanto quanto o açúcar, pode haver a tentação de adicionar uma maior quantidade.

Em casos especiais, como problemas renais ou hepáticos, deve ser consultado um médico antes de se considerar a substituição do açúcar por glicina.


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